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A Neta da Luísa

A Neta da Luísa chama-se Bárbara. Tem 23 anos e um gosto incalculável pela escrita, moda, lifestyle e beleza. Não é uma expert em nenhum dos assuntos, mas tem uma paixão imensa por todos eles.

A Neta da Luísa

Snoppy, o melhor conselheiro no relatório de estágio.

 

 

 

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Agora que as coisas finalmente acalmaram (o avô já está em casa, o estágio está terminado...) é tempo de me dedicar quase a 100% ao relatório, numa constante luta contra o tempo.

De momento, não quero sequer pensar num futuro que ultrapasse o próximo mês. Vou-me alimentando do momento presente e aproveitando a azáfama do trabalho para manter a mente ocupada, distante de qualquer perspetiva menos favorável e de pensamentos menos positivos. Para mim é bom ter que fazer. É bom ter objetivos definidos no tempo. É bom ter um cronograma preenchido e uma vida agitada - impede que a minha mente divague e percorra caminhos que, tantas vezes, me dão preocupações.

 

Determinação. Motivação. Foco e persitência são as palavras de ordem. Por isso, vou tentar obedecer-lhes.

 

 

Vou dar o meu melhor. Fazer o meu melhor.

Mesmo que ás vezes as palavras não queiram sair.

Finalmente de volta a casa, avô

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 As salas de espera dos hospitais são dos sítios mais angustiantes que conheço. Para além do sofrimento pessoal, causado pela ânsia de saber informações, vivemos as dores de todos os outros que por ali andam: 

 
os sem-abrigo que aproveitam as cadeiras de ferro, duras e desconfortáveis, para, em cima de roupas velhas e sujas, passarem as suas noites; os familiares que, nervosamente, esperam notícias daqueles que, por destino, azar, karma ou infelicidade deram entrada nas urgências; as pessoas que vão recebendo notícias trágicas e desfazem-se em lágrimas, partindo o coração de todos os ali presentes; e até mesmo aqueles que, na tentativa de afastar a sua mente das hipóteses mais negativas apresentadas pelos médicos, se vão distraindo a ver o jogo de futebol que dá na TV. 
 
Odeio salas de espera, por si só. Odeio ainda mais salas de espera de hospitais. O meu ódio duplica quando nas salas de espera estou à espera... de ti.
 
Pensávamos que era um dia normal. Um Sábado normal. Um Fim de semana com jogo da seleção, que irias ver freneticamente. O pai tinha acabado de sair e eu preparava-me para fazer o mesmo. A mãe chamou-te para lanchar e, prontamente, respondeste já vou. Mas não vieste. Aliás, nem lanchaste.
Fomos dar contigo completamente desorientado, a dizer coisas sem sentido que, para nós, se tornavam de difícil percepção. Algo não estava bem. Não sabias onde estavas, quem éramos, o que éramos. 
 
E mesmo que possa ser momentâneo, a sensação de alguém que amamos não nos reconhecer é das mais destrutivas que alguma vez conheci. É a (errada) sensação de nos teres esquecido. Mas até isto é uma lição: aqui, há uma diferença imensa entre não lembrar e esquecer. Não te lembras dos nossos nomes, mas sabes que te pertencemos, e que estamos unidos pelos laços do amor. Não nos esqueceste - apenas não consegues chegar ás palavras certas para nos lembrares disso: que não nos esqueceste.
 
Chamei o INEM - e parece sempre que ele demora tanto a chegar: estas alturas provam-nos o quanto o tempo é um factor relativo e facilmente visualizado de forma distinta, conforme o nosso estado de espírito e ansiedade com que vivenciamos as situações.
 
 Fomos para o hospital e muitas horas se seguiram... Ainda sem exames, os paramédicos apresentaram a possibilidade de um AVC que estaria a afectar parte do cérebro, mas que poderia passar rapidamente. 
 
Felizmente, tudo não passou de um susto e hoje, 11 dias depois, já acordaste, finalmente, na tua cama, na nossa casa. E o conforto que isso traz ao coração não tem explicação possível. O alívio de te ter por perto não descrição possível. Quanto a mim, vou fazer o que estiver ao meu alcance por te sentires o melhor possível e por teres o conforto que toda a gente merece. Vou tentar dar o melhor de mim, mesmo que nem sempre o tenha feito. Tentar acompanhar-te sempre que posso e tentar nunca te falhar com nada e, mais dificil e importante de tudo, tentar ter a paciência que, até hoje nunca tive.
 
Põe-te bom. Nem te peço que seja depressa, porque ambos sabemos o quanto o tempo é incerto na recuperação. Mas põe-te bom. Por ti e por nós, para ralhar contigo por tudo e por nada, por teres a televisão literalmente aos berros, por deturpares tudo o que ouves, por te meteres em todas as conversas e por teres um feitio tão complicado que ás vezes esgota a paciência até a um Santo. 
 
Mas é assim que nós sabemos viver: estando em constantes arrufos um com o outro. Mas até mesmo  viver assim, é infinitas vezes melhor que viver sem ti.
 
Por isso não te esqueças de recuperar depressa.
Porque uma coisa é não nos entendermos na maioria das vezes. Outra, é nem nos podermos desentender de todo.

Pensamentos aleatórios do relatório de estágio... #1

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É precisamente quando temos de estudar que nos apetece fazer tudo o resto: sair, dormir, perder horas a ler blogs, escrever, comer ou simplesmente tratar das lides domésticas. Até mesmo isso - tratar das lides domésticas.

Sempre vivi com estes confrontos na minha vida: quando estava de férias, apetecia-me estudar, ter rotinas, ter objetivos, ter trabalho. Quando tenho trabalho, apetece-me simplesmente viver sem horários, sem obrigações, sem responsabilidades, nem que seja só por uns dias. 

 

Até ao fim do mês, esses dias não vão existir.

Entre horas rodeada de legislação e artigos, teses de doutoramento e mestrado, um estágio diário de 7 horas com mais uns dias de 4h30 noturnas (na próxima semana)... Apesar de tudo foi, felizmente, aquilo que escolhi. 

Sei que tenho mesmo de me dedicar à séria a isto - para poder ter esperança que, um dia, que se espera breve, alguma entidade empregadora me possa, também, levar à séria. 

 

Entre frases escritas e outras tantas lidas, só me vem à memória a incerteza do futuro. Daqui a um mês e meio, que vou estar a fazer? Vou arranjar trabalho? Vou ter direito a um estágio profissional? Terei a sorte, pouco provável, de não ficar meses e anos no desemprego, a continuar a viver dos frutos do trabalho dos meus pais, a não ter horas para acordar e dormir e numa ânsia desmedida que alguém me chame para uma entrevista?

 

Sei que a esperança é a última a morrer. E por agora, a minha ainda não morreu em mim. E ainda não penso, sequer em fazer-lhe o funeral um dia. Porque eu acredito na minha luta (apesar de a saber igual a tantas outras). Acredito na determinação que coloquei e coloco em tudo o que tenho vindo a fazer. Acredito que serei capaz de vencer esta guerra, mesmo que todas as batalhas semelhantes causem muitos derrotados...

 

... Porque se deixar morrer em mim a esperança mesmo antes de tentar, deixo morrer também a força das minímas possibilidades e deixo de acreditar que, um dia, este investimento de cinco anos poderá dar frutos... E que poderei ser feliz com todas as escolhas que fiz.

 

Boa sorte e muita força a quem está no mesmo barco que eu. Espero que nenhum de nós se deixe afogar. 

O fim de semana prolongado deste mês... nem sabem o bem que me fez!

Ao fim de umas boas semanas, cá estou novamente. 

 
Sei que não há muito que justifique a minha ausência da escrita ao longo destes últimos tempos, mas a inspiração tem-me faltado e outras preocupações têm ocupado, de forma mais intensa, todos os cantinhos da minha mente. Desde o relatório de estágio, ao estágio propriamente dito, à ocupação com os animaizinhos cá de casa, à morte da minha gata White ... Enfim... Fases menos boas a que, acredito, ninguém escapa.
 
No entanto, não estou aqui para vos falar dos meus dramas, problemas e ansiedades... Mas sim do meu fim de semana.
 
Depois de uma semana dedicada ao relatório de estágio...
 

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... Aproveitei o fim de semana prolongado para tentar fazer uma pausa em todas as rotinas da minha vida: alheei-me das preocupações, desliguei-me dos problemas, fiz um reset no pensamento e, tentei, simplesmente, desfrutar destes dias de folga e das coisas simples, mas tão boas, que a vida tem para oferecer. 
 
Na sexta feira levantei-me ainda antes das seis da manhã para ir ter com os meus pais e familiares a Leça da Palmeira, a fim de seguirmos para o Gerês para fazer um piquenic. Eu não conhecia o Gerês. Não é que agora possa dizer que o conheço, mas pelo menos, já não sou tão ignorante quanto antes. Parámos pelo caminho, nas termas de Caldela, para visitar o lugar e ainda aproveitámos para trazer água. É um sítio lindo, que aconselho todos que lá passem a visitar.
 

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Prosseguimos caminho, até pararmos no nosso destino: a nossa Senhora da Abadia, no Gerês. Nunca a natureza me fez tão bem! Realmente, respirar o ar puro faz-nos sentir uma paz imensa e a tranquilidade que se sente naquele lugar não tem explicação possível de se traduzir por palavras. 
 

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 À chegada a casa, o sonho ganhou a batalha e nem sequer jantei. Algumas horas de viagem e uma subida para explorar o monte fez-me render ao cansaço. Mas um cansaço que valeu super a pena. 

No sábado ignorei o despertador e não estipulei horários. Acordei tarde, tomei o pequeno almoço tarde e andei a vaguear pela casa entre pequenas tarefas domésticas - com os pais fora, há que assumir o comando. E até mesmo isso soube bem.

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Fui às compras e aproveitei o fim da tarde para dar uma passeio até à Barra e lanchar um waflle que me soube pela vida, mesmo à beira da praia. Entre isso e o desfrutar, sentada no muro, da brisa do mar... Não sei o que me soube e fez melhor. 

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Entre jantar e passar umas fotografias para o computador, vi mais um dia por terminado.
 
Domingo deixei-me dormir até à hora que o corpo pediu. Aproveitei a manhã para dar uma limpeza à casa (mais uma vez, pais fora...!). Almocei e acabei o Domingo num fim de tarde fantástico, numa sunset party num bar aqui da zona. Uma caipirinha e música alegre... Que mais poderia pedir para terminar bem o fim-de-semana?
 
 
 
Hoje, é dia de voltar à rotina, e vou já já enfiar a cabeça no meu relatório. Eu bem espero que ele desenvolva sozinho, mas parece que ele não quer...
Agora, é fazer os possíveis para que as boas energias do fim-de-semana não se esgotem em mais uma semana. Vamos tentar fazê-las render com doses de optimismo, calma e paciência. Vivendo um dia de cada vez... !
 
 
Beijinhos a todos!