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A Neta da Luísa

A Neta da Luísa chama-se Bárbara. Tem 23 anos e um gosto incalculável pela escrita, moda, lifestyle e beleza. Não é uma expert em nenhum dos assuntos, mas tem uma paixão imensa por todos eles.

A Neta da Luísa

Pensamentos aleatórios do relatório de estágio... #1

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É precisamente quando temos de estudar que nos apetece fazer tudo o resto: sair, dormir, perder horas a ler blogs, escrever, comer ou simplesmente tratar das lides domésticas. Até mesmo isso - tratar das lides domésticas.

Sempre vivi com estes confrontos na minha vida: quando estava de férias, apetecia-me estudar, ter rotinas, ter objetivos, ter trabalho. Quando tenho trabalho, apetece-me simplesmente viver sem horários, sem obrigações, sem responsabilidades, nem que seja só por uns dias. 

 

Até ao fim do mês, esses dias não vão existir.

Entre horas rodeada de legislação e artigos, teses de doutoramento e mestrado, um estágio diário de 7 horas com mais uns dias de 4h30 noturnas (na próxima semana)... Apesar de tudo foi, felizmente, aquilo que escolhi. 

Sei que tenho mesmo de me dedicar à séria a isto - para poder ter esperança que, um dia, que se espera breve, alguma entidade empregadora me possa, também, levar à séria. 

 

Entre frases escritas e outras tantas lidas, só me vem à memória a incerteza do futuro. Daqui a um mês e meio, que vou estar a fazer? Vou arranjar trabalho? Vou ter direito a um estágio profissional? Terei a sorte, pouco provável, de não ficar meses e anos no desemprego, a continuar a viver dos frutos do trabalho dos meus pais, a não ter horas para acordar e dormir e numa ânsia desmedida que alguém me chame para uma entrevista?

 

Sei que a esperança é a última a morrer. E por agora, a minha ainda não morreu em mim. E ainda não penso, sequer em fazer-lhe o funeral um dia. Porque eu acredito na minha luta (apesar de a saber igual a tantas outras). Acredito na determinação que coloquei e coloco em tudo o que tenho vindo a fazer. Acredito que serei capaz de vencer esta guerra, mesmo que todas as batalhas semelhantes causem muitos derrotados...

 

... Porque se deixar morrer em mim a esperança mesmo antes de tentar, deixo morrer também a força das minímas possibilidades e deixo de acreditar que, um dia, este investimento de cinco anos poderá dar frutos... E que poderei ser feliz com todas as escolhas que fiz.

 

Boa sorte e muita força a quem está no mesmo barco que eu. Espero que nenhum de nós se deixe afogar.