Happy New Year
Estou grata para com o ano que está prestes a terminar. No meio de todos os dramas que a minha cabeça por vezes idealiza, fui conseguindo alcançar objetivos a que me tinha proposto:
Concluí o primeiro ano de mestrado com notas boas; entrei na primeira opção a que me candidatei para o estágio curricular; consegui um estágio a dois minutos de casa, pondo assim fim a 4 anos de viagens quase diárias entre Anadia e Coimbra; tive sorte com a equipa de trabalho que me calhou, aliás, eu não tive sorte, fui abençoada; fui ao meu primeiro festival de verão; ao meu primeiro sunset; ao palácio de cristal, ver os Natiruts; acampei; conheci pessoas novas; descobri sítios fantásticos; mudei de quarto; criei um blog; cozinhei mais; ajudei nas lides domésticas; passei tempo em família; namorei muito… resumindo, fui feliz.
Penso que não haverá anos perfeitos – também sofri em 2015. Muitas vezes sofri com a dor dos outros, outras vezes com a minha: resisti à saudade, senti a angústia da perda e da distância, vi amigas terminarem relações, tive fases académicas menos boas, dias psicologicamente mais negros e épocas de ansiedade extrema. Senti medos, chorei, stressei, discuti… mas mais importante que tudo – superei.
Neste ano que hoje termina, cresci muito. Tornei-me um bocadinho mais mulher e menos criança. Enfrentei traumas, superei receios e alcancei sucessos. Atingi a felicidade máxima com os gestos mais simples – um serão em família, uma refeição com quem amo, uma noite de ronha no sofá, uma tarde de inverno tranquila, uma viagem de carro com música alta, uma brincadeira com o cão ou dias inteiros em frente à lareira.
Tenho de estar grata não só pelo que este ano me ofereceu, mas também pelas pessoas que me deu a conhecer e por aquelas que manteve na minha vida – bem sei o quanto, por vezes, pode ser difícil pertencer ao meu mundo. Por isso, um obrigada a quem, mesmo assim, quis continuar a fazer parte dele.
Espero que 2016, se não for melhor, seja, pelo menos, igual. Igual na saúde, minha e dos meus, no amor, na união, no companheirismo, no foco, na fé, na coragem, na determinação, na conquista e na superação de obstáculos. Para o próximo ano, peço apenas três coisas: saúde, amor e trabalho. E que com a saúde venha a longevidade, com o amor a alegria e com o trabalho a estabilidade. A felicidade não é algo difícil de alcançar quando deixamos de ser demasiado exigentes – exigentes para connosco e para com os outros. Para ser feliz, há que fazer alguém feliz. Pelo menos para mim, que transformo o bem estar de quem me é próximo no próprio bem-estar – há que dar para receber, ser para ter e lutar para alcançar. Da mesma forma que é importante aprender para ensinar, receber para retribuir e sonhar para concretizar.
Obrigada meu anjo pelo ano que me deste, pela força que em mim depositaste, pela coragem que me ofereceste e pelo amor com que inundaste a minha vida. Obrigada por me fazeres conhecer a felicidade e contornar os momentos de tristeza. E acima de tudo, obrigada por me manteres fiel aos meus princípios, por me dares ferramentas para tapar os buracos e escadas para superar as barreiras. Obrigada por me iluminares nas decisões mais difíceis e me confortares nos erros. Acima de tudo, obrigada por continuares presente. Sempre comigo, sempre contigo. Avó. Que 2016 seja mais um ano feliz sob tua proteção e amparo.