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A Neta da Luísa

A Neta da Luísa chama-se Bárbara. Tem 23 anos e um gosto incalculável pela escrita, moda, lifestyle e beleza. Não é uma expert em nenhum dos assuntos, mas tem uma paixão imensa por todos eles.

A Neta da Luísa

A menos de um mês de voltares a voar...

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Vieste e daqui a um tempo voltas a partir. Esta tem sido a tua vida quase desde que te conheço e já lá vão, talvez, uns sete ou oito anos. Parte-me o coração cada vez que te vejo partir e dói-me aceitar a realidade de que é o nosso país que é demasiado pequenino para toda a tua grandeza. Infelizmente, esta terra a que vens de poucos em poucos meses não é suficientemente fértil para as sementes que queres semear e as pessoas que aqui moram são demasiado sensíveis para enfrentar toda a tua garra e bravura. Tenho pena de não te ter sempre por perto, mas certamente lamentaria mais o facto de estares num país que não te permite voar, apesar de possuíres as asas mais ágeis que alguma vez conheci.

 
Estou certa de que o mundo ainda tem muito para ser descoberto, por ti. Não és mulher de ficar em casa a ver a guerra na televisão - és mulher de ir à luta e, mais que isso, vencer quase sempre. Orgulho-me de ter um exemplo como tu na minha vida. Não que eu seja igual a ti, ou até parecida. Mas gostava - gostava de ter um pouco da tua fé, da tua determinação e até da tua ambição.
 
Espero que esta nova etapa que agora estás perto de iniciar, uma vez mais longe daqueles com quem tens os verdadeiros laços, seja digna da tua coragem e compense a ausência diária daqueles que te são queridos. Acredito que esta será só mais uma experiência para te fazer crescer ainda mais, não só enquanto mulher mas enquanto profissional e te proporcionará a evolução que tanto desejas e a ascensão a um patamar pelo qual, incansavelmente, sempre lutaste. Vou ficar aqui a rezar para que cada dia seja repleto de sorrisos e sucessos e para que esta nova fase corresponda a todas as expectativas que, mais uma vez, carregas na mala. Independentemente da distância, a ligação mantém-se firme - graças a Deus, temos vindo a conseguir a contornar os oceanos que nos separam e as fronteiras que, quase sempre, teimam em afastar-nos. Agora, só faço figas para que a vida te sorria nestes próximos tempos e para que o melhor do que até agora passou, seja o pior de tudo o que se irá passar a seguir. Que chegues e venças, como só tu sabes fazer. E que faças de cada pequena vitória que, com certeza alcançarás, motivo de um orgulho imenso para ti, para os teus e, claro, para mim. 
 
 
Se é que há orgulho maior do que aquele que já sinto por ti. 
 
Vai, sonha, concretiza, luta, vence, conquista, ama e atinge aquilo que só tu, com a tua força e empenho, pode alcançar.
 
Quanto a mim, estarei aqui, no sitío do costume, sempre à espera do teu regresso e na ânsia de um que dia esse seja definitivo. 

19, o dia que te fez eterna.

Dizem que o tempo ajuda a fechar os golpes mais profundos que, um dia, a vida cravou na nossa pele. Acredito que, com o tempo, ele se vão tornando cada vez mais pequenos, mas não creio que algum dia cheguem a fechar por completo. Pelo menos o buraco que ficou em mim no dia em que partiste não fechou ainda. Tem vindo a ficar mais pequeno, mas nunca desapareceu. Acho que nunca desaparecerá - porque tu também não, assim como a tristeza que deixaste em mim no dia em que te foste embora. 

Ultimamente, tenho sentido saudades. Mais saudades do que o normal - talvez porque o tempo não tem estado tanto do meu lado como sempre me quiseram fazer acreditar que estaria. Ele pode ajudar-me a viver a saudade de uma forma diferente, mas jamais fará com que deixe de a viver. Nunca o tempo, as horas, os dias, os meses ou os anos matarão  este sentimento de solidão que vive em mim desde que te foste. Pelo contrário - é mesmo esse, esse que costumam dizer que cura todos os males - que faz sobreviver esta dor que deixaste na minha alma desde que um outro mundo te aliciou a ires até ele. 

Pergunto-me se algum dia vou conseguir controlar a vontade de ainda te ter aqui. Acho que não, tenho a certeza que não. Duvido muito que algum dia possamos parar de desejar ter por perto quem mais amamos na vida. 

Se é verdade a versão da vida de que esta, que aqui vivemos, é apenas uma passagem para uma permanência eterna em determinado lugar, então que esse lugar seja perto de ti. E por muito que ame a vida, mesmo que nem sempre a saiba viver da melhor forma possível, mesmo que ame todos os que me prendem a este mundo e que tema o dia em que também eu abandonarei esta casa, há dias que anseio tanto, mas tanto, poder voltar a ver-te. Aliás, não só a ver-te, mas a ouvir-te (resmungona, como sempre), a estar contigo, a ir contigo às consultas, aos correios, ao Pingo Doce, a ir lanchar à pastelaria ou almoçar a tua casa depois de vir da faculdade... A ter-te por perto. Se fosse agora, não teria esse perto como tão garantido como o tinha até ao dia em que a morte te arrancou de mim - nada a fazia prever e talvez por isso eu tentasse ignorar o facto que um dia, mais cedo ou mais tarde, ela chegaria. A nossa última conversa é mesmo a prova viva de que não tencionava despedir-me de ti - "discutimos" porque, ainda não sei bem como, tu já sabias que eu tinha um namorado. E eu, zangada, porque (ainda) não era suposto essa informação ter chegado até ti (não por te querer esconder algo mas por estar certa de que me irias bombaredear com perguntas (de onde é, quem são os pais, o que faz, como se conheceram) )... Isto, depois de me pedires para to apresentar, é claro!

Se soubesses o quanto agora me arrependo de não to ter dado a conhecer logo nesse dia, imediatamente nessa hora... Assim eu, neste momento, teria a certeza que terias partido orgulhosa da minha escolha, descansada pelo homem fantástico que tenho na vida e apaixonada pelo meu próprio amor. Mas o dia em que fechaste os olhos ninguém previu e, como tal, muito ficou por dizer. Mas hoje acredito que também não era preciso. Hoje, tu também sabes tudo, como naquele dia já sabias que eu namorava. Mais do que saber, hoje tu vês. E mais do que ver, tu guias e guardas. 

 

Pelo menos, sempre me disseram que é isso que os anjos fazem. 

Avó, amo-te daqui até aí. E mais um mulhão de vezes.

Janeiro e outras coisas.

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Janeiro nunca é um mês fácil. Apesar de já não ter o karma dos exames no meu caminho, neste quinto ano de curso (2º de mestrado) tenho a perseguir-me o relatório de estágio e a sua defesa. E não pensem que é menos trabalhoso e preocupante. A pressão é até talvez maior. E a culpa também o é, na mesma proporção. A culpa de deixar sempre tudo para a última, de não dividir por doses diárias o trabalho e por deixar acumular coisas que seriam feitas com maior sucesso caso fossem repartidas. Apesar de começar todos os anos a dizer o mesmo "Este ano vai ser diferente", "Vou fazer um bocadinho cada dia", "Vou fazer um plano de trabalho"...  a verdade é que a pressão da falta de tempo é o fator que realmente me dá motivação para trabalhar. Não posso dizer que sou desorganizada, pelo contrário. No entanto, em muitas ocasiões, faço da procrastinação o meu dia-a-dia. O "Ainda falta tanto", "Ainda tenho tempo", "Vou aproveitar enquanto não chega a data" são frases que fazem, invariavelmente, parte do meu diálogo interior, por muito que tente contrariar a tendência. 
 
Tudo isto para dizer que em Maio tenho de entregar o meu relatório final de estágio - cerca de 150 dias de vida em 100 folhas de papel. Parece muito? A mim parece-me insuficiente. O tanto que se aprende, que se cresce, que se faz, que se pensa, que se acredita e que se desenvolve é demasiado para ter limite de páginas. Mas pior que isso, pior que o ter que entregar em Maio, é ainda pouco ou nada ter feito - tirando as primeiras 6/7 páginas, pela simples razão de ter que as apresentar na segunda-feira. A cento e pouco dias desta altura decisiva, sinto-me um pouco perdida - o que escrever? a que dar prioridade? por onde começar? o que consultar? como organizar as ideias? A escrita não é propriamente uma dificuldade - quando aquilo que quero dizer é espontâneo ou aquilo que sinto é intenso - mas quando tenho de me dedicar a determinado tema, sobre o qual, provavelmente, ainda tenho tudo a aprender, não é tão simples assim. 
 
Cerca de metade deste percurso, que inicialmente me pareceu imenso (e admito, em certos dias ainda parece), já está percorrido. Parece que ainda agora era 4 de Setembro e estava eu a iniciar a minha primeira experiência na área profissional e, melhor que tudo, na MINHA área. Agora, a cerca de quatro meses do fim, vejo que realmente o tempo não passa, voa. Passa-nos por entre os dedos quando o gastamos com ansiedades e stress. Quando nos preocupamos com o fato de gostarem ou não de nós. Quando nos esforçamos, todos os dias, por agradar a todos. O tempo não nos deve escapar, e essa é uma grande lição que aprendi nestes últimos quatro meses e meio. Devemos dar o nosso melhor, fazer o nosso melhor, querer alcançar sempre o melhor e mostrar às pessoas o melhor daquilo que somos e o melhor daquilo que fazemos - mas sem nunca deixarmos de ser nós. Ao fim de mais ou menos 70 dias de uma experiência única e útil, posso afirmar com orgulho que, por muito que existam dias que se afigurem dificeis, já aprendi muito - a ter mais responsabilidade nas minhas acções, a comunicar, a estabelecer contactos e a estar atenta a tudo o que me dizem e me pedem; a ter horários para adormecer e acordar, para comer; a organizar o meu dia de forma a que ele dê para tudo o que preciso, quero e gosto. Mas a maior aprendizagem, foi, sem dúvida, que nem tudo é o que parece. Nem tudo o que dizem corresponde à realidade - isto é, nem todos os funcionários públicos se acomodam a um sistema vigente que parece favorecê-los, nem todos agem como se tivessem isenção de horário, nem todos temem que os estagiários lhes tirem o lugar, nem todos são arrogantes e manientos e nem todos são insensíveis ás dores e preocupações de quem, timidamente, se vai arriscando neste caminho novo do mundo do trabalho. Há, neste contexto, pessoas fantásticas, que nos ensinam mais do que o próprio estágio - ensinam-nos a ser melhores e a ver o mundo com mais positivismo, amor, humildade e bravura. 
 
Por isto, por tudo, e mesmo parecendo que me desviei do foco inicial deste texto, um obrigado a ti, Isabelinha. Porque o dia do obrigado, contigo, não tem data. Estou-te grata todos os dias. 
 
 
... E agora sim, vou ver se começo à séria este relatório. Afinal, quero pôr em prática uma das maiores aprendizagens que já fiz neste meu recente percurso de estagiária:
 
colocar o melhor que sou em tudo o que faço, dar o melhor de mim a tudo a que me dedico e conseguir o melhor dentro daquilo em que coloco o meu empenho e determinação.

O amor dói - mas também se cura.

Cresci contigo e talvez por isso a tua dor seja tão dolorosa para mim também. 

 
Não começaste o ano da melhor maneira. Partiram-te o coração e sei que ainda não encontraste a forma correta de colocar todos os pedacinhos novamente no seu lugar. Mas começar mal pode ser, até, um bom presságio. Dizem que depois da tempestade vem a bonança. E a tua será, certamente, bastante generosa. 
 
Sei o quanto gostavas. E também sei o quanto dás tudo quando gostas e quanto vais até ao fim do mundo pela pessoa que amas. E neste caso, tu foste, literalmente. Mas também conheço a tua força e o poder da tua determinação e talvez por isso esteja certa de que vais conseguir amenizar rapidamente o sofrimento que esta ferida te possa estar a causar. Sei que o fim desta relação, principalmente não dependendo de ti, atira ao chão todos os planos a dois que tinhas guardados algures num espaço do teu coração. Sei que parece que perdeste tudo, ou melhor, quase tudo. Tudo não, porque tens-me a mim, tens a nossa família, tens os teus amigos, os nossos amigos - tudo nunca. Por muito que percas na vida, que TE percas na vida,  por muito que possas ter perdido este amor, por muito que te tenham escapado alguns sonhos e fugido alguns objectivos, tudo tu não perdes - porque mesmo que o resto se vá, tens-nos a nós. Sempre e para sempre. E os restos não interessam, não passam de pedaços de algo que um dia nos fez feliz mas que agora dão lugar a outras alegrias.
 
Por muito que pareça, o fim de um amor não mata. Adoece apenas. Mas neste momento, sofres de uma doença com cura. O tempo depende da força de vontade, e a eficácia do tratamento, do cuidado que deposites nele. Podia ser pior - podia não passar nunca. Há doenças assim - mas o melhor é pensar sempre: podia ser pior. Não é, felizmente. 
 
Os tempos que se aproximam podem parecer-te angustiantes e solitários, acredito que até o serão. Mas este é um caminho negro que não farás sozinho. Haverá sempre alguém, de lanterna na mão, disposto a iluminar-te os passos e a guiar-te o percurso. Eu serei esse alguém - e haverá  mais gente disposto a sê-lo. Não desanimes nem percas o alento. Não te deixes perder no labirinto que, por vezes, é a vida. Segue esta caminhada com o que de bom esta história deixou no teu coração e não deixes que a face mais negra da raiva, da saudade ou da distância atormente o teu dia-a-dia. Na nossa vida, só deve ficar quem der provas que merece e, acima de tudo, que quer. Abre as portas para quem mostra essa vontade. Fecha-as para quem te magoou com a ausência dela.
 
O amor só é uma coisa boa quando é vivido na plenitude. E quando a felicidade do presente e do futuro tem mais peso do que a saudade face ao passado.
 
Lembra-te disto - tu não mereces metades, e quem tas quer dar, não te merece por inteiro.
 

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Resoluções 2016

 

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O novo ano vem, por norma, acompanhado de desejos, resoluções, objetivos e ambições. Quase que o encaramos como um recomeço, não só da nossa própria vida, como de nós próprios. Não esquecendo tudo o que está para trás, a passagem de ano funciona quase como uma metáfora para recomeçar, para fazer mais, melhor, ser mais e melhor. Por esta altura, penso sempre no que gostaria de fazer diferente daqui para a frente - no que preciso para ser melhor, para me sentir melhor comigo mesma e fazer sentir melhor aqueles que estão do meu lado. Na noite de 31, quase que nasce uma esperança de que tudo o correu menos bem até aqui, corra bem melhor daqui para a frente. E é esta fé que me vai dando, ano após ano, a determinação e o alento necessário para ir conquistando metas e trabalhando a minha responsabilidade e independência.

Todos os anos, idealizo uma pequena lista de mínimas resoluções que desejo por em prática nos próximos doze meses. Sabemos que metade delas ficam pelo caminho e, na maioria das vezes, carecem de concretização. Mas pensar nelas faz-nos pensar na vida e naquilo em que podemos investir para a tornar melhor e mais harmoniosa. Afinal, ela é demasiado curta, e cabe-nos a nós, apesar de todos os imprevistos e partidas que ela nos pode pregar, torna-la o melhor e mais longa possível – admitindo que o que interessa não é “acrescentar anos à vida, mas sim vida aos anos”. Se pudermos fazer os dois, melhor.

Aqui fica a lista de pequenas mudanças a que me proponho para este ano, mesmo com a plena consciência de que, para o ano, poderão estar novamente aqui. J

- Personalidade: tentar ser mais tolerante, menos exigente e mais presente (principalmente com a minha irmã), controlar o nervosismo e a ansiedade e apostar numa postura mais positiva perante a vida e os acontecimentos.

- Finanças: reduzir as idas ao centro comercial, apontar diariamente os meus gastos, poupar uma pequena quantia da mesada e evitar gastos supérfluos.

- Lazer: visitar mais sítios do nosso país, investir mais tempo no blog, passar mais tempo em família, ler mais e dar continuidade às séries que estão em pausa.

- Trabalho: terminar o estágio com sucesso, fasear a realização do relatório e arranjar um emprego.

- Alimentação/Saúde: comer carne vermelha só em jantares de família ou alturas em que não tenha outra opção, evitar hidratos de carbono à noite, ter apenas uma refeição livre por semana e um pequeno-almoço/lanche, beber pelo menos um litro de água por dia, evitar doces e fritos e fazer exercício pelo menos duas vezes por semana.

 

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E vocês, já têm as vossas resoluções? Não se esqueçam que…

“Dar o melhor de si é mais importante que ser o melhor”