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A Neta da Luísa

A Neta da Luísa chama-se Bárbara. Tem 23 anos e um gosto incalculável pela escrita, moda, lifestyle e beleza. Não é uma expert em nenhum dos assuntos, mas tem uma paixão imensa por todos eles.

A Neta da Luísa

Quando encontramos o nosso disco externo... Depois de mais de um ano perdido.

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Não acredito que está tão perto do fim. Que estamos tão próximos da reta final - e tenho que falar no plural porque estes cinco anos de vitórias têm muitas pessoas em jogo - aqueles que entraram comigo dentro do campo, aqueles que assistiram a cada golo, aqueles que viram, embora de longe, a conquista dos meus sucessos e aqueles que me apoiaram sempre, mesmo quando o resultado não foi tão bom quanto o esperado. 

 
Ver as fotos do meu terceiro ano, as recordações do final da minha licenciatura, fazem-me olhar em retrospectiva para todo este caminho que, de mãos dadas com tanta gente, tenho vindo a percorrer. Na altura, não ponderava fazer o mestrado. Hoje, estou prestes a terminá-lo. É assim que a vida nos troca as voltas, hein?! 
 
Orgulho-me de todo o suor que limpei até chegar aqui. De todos os que correram comigo esta maratona e de todos aqueles que me aplaudem agora que corto a fita da meta. Orgulho-me da determinação que coloquei nesta ambição, do amor que depositei em tudo o que fiz, da paixão com que agarrei os desafios e da persistência com que encarei até as mais fortes adversidades. Orgulho-me de ter orgulhado tanta gente. De te ter orgulhado a ti. De ainda te orgulhar. Porque mesmo sem veres o resultado final da obra pelo qual tanto ansiavas, continuaste a torcer por mim, aí do infinito. Aí desse mundo que agora te acolhe e consegue ser, ao mesmo tempo, tão distante e tão próximo do meu. 
 
 
Obrigada por seres a minha força. Ilumina-me nestes meses finais. Nesta fase definitiva. Dá-me alento para continuar a travar a luta com a mesma força de sempre. Dá-me motivação para querer continuar a ser o melhor que sei e consigo ser. Ajuda-me a olhar com um sorriso mesmo para os momentos de menor ânimo. Continua a oferecer-me a vontade de sair, de manhã, todos os dias da cama - mesmo que tantas vezes me apeteça refugiar debaixo dos lençóis.
 
És a espectadora mais atenta deste desafio. Continuar a manter-te ligada. E ajuda-me a manter as audiências. Amo-te muito avó.
 

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(Quando percebemos que não interessa se estávamos horríveis nas fotos... Interessa quem está connosco nelas).

 
As retrospectivas mais aprofundadas, ficam para depois. Ainda há um cortejo para viver - se Deus assim o permitir. 

 

Só para mostrar que ainda não desisti.

 

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Hoje é daqueles dias em que a inspiração para as palavras é nula. Mas penso que as imagens anteriores falam por si - ainda não desisti. Continuo na luta - por uma vida mais saudável, por um corpo mais feliz e por uma auto-estima mais vincada.

O meu segredo? Inventar. Experimentar. Provar - e repetir quando é bom... ah, e faz bem. 

Querem receitas? Basta pedir! 

 

AH ! Não se esqueçam de seguir a Neta da Luísa no instagram! Lá há novidades muito frequentemente: o dia-a-dia, receitas, sugestões ou simplesmente estados de alma. Partilhem comigo os pequenos pedaços desta vida... que é tão curta! 

 

Olhem para mim quase a ser saudável...

A febre dos ginásios parece ser uma moda que veio para ficar. Contra mim falo - também gostava realmente de experimentar. No entanto, a diferença de mim para a maioria das pessoas que vejo por aí, principalmente neste mundo cada vez mais globalizado das redes sociais, é que eu ainda não tive oportunidade de experimentar um - enquanto dependemos dos nossos pais, e eles pertencem à grande maioria dos portugueses que não ganham milhares por mês, esses são daqueles extras que, naturalmente, abdicamos.

No entanto, também é cada vez mais visível que este factor económico não é totalmente impeditivo da realização de actividade física. Ao tentar estudar alternativas ao ginásio, e na ânsia de mudar o meu estilo de vida sedentário para uma prática desportiva mais frequente, constatei que existem muitos apoios online capazes de nos ajudar.
No ginásio temos o apoio que a internet não nos dispõe? É verdade! No ginásio aconselham-nos exercícios mais adequados às nossas necessidades? É verdade também! No ginásio, provavelmente, trabalhamos melhor, por causa da vontade de fazer boa figura perante os outros? Também deve ser verdade. Mas a verdade também é que, independentemente do apoio ou da adequação total (ou não dos exercícios), o foco principal da questão está na força de vontade e na crença de que é melhor fazer algo, mesmo não sendo crossfit ou aulas intensas de fitness - do que não fazer nada. É melhor mexermo-nos, nem que seja meia hora por dia no tapete do quarto, do que estarmos horas seguidas deitados no sofá. Sei que muitos dos exercícios que faço em casa podem não se adequar totalmente aquilo que eu preciso - mas também sei que é melhor fazer algo, mesmo que não tão eficiente, do que nada fazer. E é para pessoas como eu, que se querem mexer mas não têm propriamente condições para frequentar um ginásio, que deixo algumas fontes que me têm servido de inspiração nestas minhas aventuras pseudo-desportivas.
 
A página de acebook Vida Ativa - tem bastantes sugestões e artigos interessantes não só sobre prática desportiva, mas também alimentação e saúde.
 
A página de facebook Face to Fit - com receitas óptimas (eu já experimentei os bolinhos de cacau, com algumas alterações e são fantásticossssssssssssssssssssssssssssssss!) e boas sugestões de ginástica localizada.
 

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A página de facebook e o blog Perna Fina - que funciona, acima de tudo, como força motivacional!
 
E claro, a página de facebook da Vanessa Alfaro - Shape Your body by Vanessa Alfaro - uma das primeiras páginas deste contexto que comecei a seguir!
 
Claro que devemos sempre falar, mesmo que forma informal, com pessoas peritas na área sobre o que fazemos e como fazemos - porque por vezes, a ânsia de exercitar o corpo também nos leva a fazer mal determinados exercícios (posição, intensidade, repetições), o que pode provocar lesões que podem condicionar a possibilidade de posteriormente manter o ritmo de treino. 
 
Não podes pagar um ginásio? Corre! Não podes correr? Anda! Mas faz. Não pelos outros. Faz por ti.
 
E, por fim, aqui fica um pequeno resumo alimentar dos meus últimos dias:

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"O assunto era saudade e eu só falei de ti"

 

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É incrível o quanto o tempo consegue ser um factor relativo na cura de qualquer dor. Já passaram dois anos desde a tua partida. Ou devo dizer, ainda só passaram dois anos?

 

É que na saudade, parece que já estou sem ti há uma eternidade mas no sofrimento,  parece que foi ontem que nos disseste adeus. De que adianta acreditarmos que o tempo atenua a angústia, se é esse o mesmo monstro que intensifica a força das saudades? O tempo, esse malandro, é tão amigo como inimigo, avó. E quem, naquela altura, me disse que ele curava tudo, é porque não sabia o tudo que tu eras para mim. Não sabia quantos sonhos estavam a ser desfeitos com a tua morte, quantos projectos postos em causa e quantas certezas diluídas. O tempo só ajuda no alcance da tranquilidade, apesar do mar revolto que é o meu coração sem ti. O tempo ajuda a aprender a conviver com a falta da tua presença, a lidar de forma pacifica com a agitação de não te ter por perto. Mas o tempo não faz esquecer. Não faz aliviar a tristeza. Não faz diminuir as perguntas e a procura por razões. Porque nem o tempo, nem nada, pode diminuir a importância que só tu tinhas na minha vida, no meu dia-a-dia, no meu coração. 

 
Como é que alguém me pôde querer fazer acreditar que iria superar a mágoa de só te ver através das estrelas e te sentir comigo graças às memórias? 
 
Como é que, algum dia, alguém pôde conhecer-me tão mal ao ponto de achar que o facto de Deus te querer por perto me acalmaria o coração? Os anjos queriam-te ao lado deles, mas eu também te queria aqui comigo. E posso apostar que eles não te queriam mais do que eu. Ninguém te quereria mais do que eu. Sabes porquê? Porque isso é impossível. E tenho pena que o peso da vontade humana seja inferior ao peso da vontade divina. Mas respeito.  E estou certa de que Deus tem tomado bem conta de ti, o que faz com que tu também tomes bem conta de mim e de nós. De quem te ama e de quem tu amavas - um verbo que odeio, do fundo do coração, ser obrigada a conjugar no passado.
 
Com uma saudade arrebatadora dentro do coração, 
 
A tua neta.

Lucky, o novo membro da família

14 de abril de 2016

 

Era de noite quando começaste a dar sinais de que algo estava para acontecer. Por volta das dez e pouco, vi uma grande bolha sair de dentro de ti. Suspeitei logo que estavas prestes a dar à luz, mesmo que no dia anterior ainda restassem dúvidas de que tinhas gatinhos dentro de ti.

Saí da sala e chorei. Temi o pior. Estás doente e velhinha, tive medo que não aguentasses. E se aguentasses, coloquei a hipótese de não o conseguires amamentar. Depois de nascer o primeiro, receei que fosse o primeiro de outros. O primeiro de muitos. Mas não, tiveste só um, felizmente -  a natureza raramente falha.

A mãe disse logo que ficaríamos com ele. Não hás-de durar muitos mais anos e não poderíamos tirar-te a alegria de ter um bebé, ainda por cima quando vimos todo o cuidado com que o acolheste mal ele nasceu. Começaste logo a amamenta-lo mesmo que isso possa ser incómodo para ti (apesar de não sabermos se os teus tumores mamários te poderão, ou não, causar algum incómodo). Tens sido uma mãe extremosa que me enche de orgulho. Uma mãe velhinha, mas presente. Doente, mas lutadora. Parece que se vê em ti uma felicidade diferente. Andas mais esperta e aparentas uma tranquilidade e saúde que, se calhar, nem tens.

Temos andado todos preocupados contigo, mas temos aprendido ainda mais com aquilo que nos tens ensinado. És uma heroína, uma resistente. E na quinta-feira, provaste o quanto és capaz. Aumentaste a nossa família, que também é a tua. Fizeste-nos fazer figas para que tudo corra pelo melhor.

Cá em casa, uma coisa nunca acontece só e a preocupação com vocês, com os nossos queridos animais amigos, tem sido constante. A White anda com uma hemorragia que não conseguimos decifrar, apesar da veterinária considerar que não há grandes motivos de alarme graças à ausência de febre e à estabilidade das mucosas e do batimento cardíaco. Mas cada dia a nossa preocupação aumenta – e já sabemos que temos de ir ao veterinário, para conseguir um descanso total.

 E agora tu, minha Rufia velhota… Como pude pensar que não resistirias a mais esta travessia no deserto? Agora, que te vejo deitada no meio dos cobertores com a tua cria, penso que desvalorizamos, vezes demais, a força do amor e a potência do coração. És uma velhota que nos enche de orgulho. Um mãe que nos enche os olhos de lágrimas e uma companheira fiel e constante que aquece o nosso coração. O Lucky tem a maior sorte do mundo em ter-te como mãe, mas acredita, ele também tem a maior sorte do mundo em ter-nos como família.

 

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O Lucky é, literalmente, um sortudo.

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