Sobre dias felizes.
Sei que já passaram dois dias, mas ainda não me recompus de todas as provas de carinho e amor que recebi no meu aniversário - que durou mais que um dia. O dia 28 começou com o pequeno almoço na cama e terminou com um belo jantar em família. Lá pelo meio tive direito a muitas prendinhas, telefonemas, mensagens e declarações óbvias de ternura e amizade. Mesmo que seja o facebook a lembrar, mesmo que a culpa seja dos lembretes no telemóvel, as pessoas têm sempre duas opções - tirarem uns segundos do seu dia para nos felicitarem - ou não. O dia dos meus anos faz-me ter ainda mais certezas sobre o quão acarinhada e sortuda sou por ter quem tenho na minha vida.
Mas o dia 29 foi um doce prolongamento da data em que se festeja o nascimento desta miúda-mulher irritante - eu. Acordei particularmente desmotivada e sem energia - talvez uma espécie de "depressão pós dias muito felizes vs regresso à rotina" e o dia arrastou-se com uma neura terrível. Apesar de ter folga no trabalho, tive de ir dar a aula. Mal cheguei a casa vesti o pijama, o robe, ou seja, o traje típico de dias menos bons em que só nos queremos sentir confortáveis e de alma quente. A ideia era jantar e dormir, pois a quinta-feira começava ainda de noite. Mas correu tudo ao contrário - e ás vezes é tão bom quando os nossos planos se viram do avesso! Tive a visita surpresa dos meus tios e dos meus primos, com as namoradas, que trouxeram jantar, bolo de aniversário e vieram celebrar comigo a alegria de estar cá mais um ano - de todos estarmos cá mais um ano, juntos.
Ainda me faltam as palavras para agradecer tanto amor. E ainda não me cabe no coração o orgulho que tenho nos meus.