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A Neta da Luísa

A Neta da Luísa chama-se Bárbara. Tem 23 anos e um gosto incalculável pela escrita, moda, lifestyle e beleza. Não é uma expert em nenhum dos assuntos, mas tem uma paixão imensa por todos eles.

A Neta da Luísa

Queixamo-nos demais...

É esta a conclusão que vou tirando do passar dos dias: queixamo-nos em demasia.

 

 

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Quando não temos emprego, queixamo-nos porque o desemprego é horrível, tira-nos as possibilidades de construir uma vida, de planear um futuro e de ter um presente mais feliz e desafogado. Quando temos trabalho, achamos que os horários são do pior, que o salário não é o suficiente e que os colegas não gostam de nós. 

Enquanto estamos a estudar, o que é fixe é trabalhar e ter o nosso próprio dinheiro. Quando finalmente entramos no mercado de trabalho, temos umas saudades imensas do tempo de escola - e afirmamos com certeza que dávamos tudo para lá voltar. 

Quando o tempo é demais para aquilo que temos para fazer ficamos aborrecidos porque a vida é uma seca, uma monotonia, uma chatice. Quando andamos tão ocupados que nem vemos os dias passarem por nós, sentimo-nos tristes porque as horas passam demasiado rápido para aquilo que achamos que ainda temos para viver. 

Quando arranjamos um namorado que não se preocupa connosco, que não nos dá atenção, achamos que as boas relações só calham aos outros, que somos uns infelizes que não têm sorte no amor e que isto de namorar afinal não é, se calhar, a melhor opção a tomar-se. Quando temos ao nosso lado alguém que gere a sua vida de forma a conseguir conciliá-la com a nossa, acreditamos que esse é um amor que não dá pica nenhuma, que até tem graça ter uma discussão de vez em quando porque a parte gira é fazer as pazes.

Vivemos com os pais e estamos desejosos de ter a nossa casa, o nosso espaço, a nossa independência. Queremos não ter que dar justificações a ninguém e vivermos à margem daquilo em que apenas nós acreditamos que pode ser melhor para nós. Quando finalmente embarcamos na aventura que é morar sozinhos - é uma pena - afinal o bem-bom acabou-se e viver com os pais não era tão mau assim. Pelo contrário - lá é que era, porque não precisávamos de ficar em casa a um sábado à tarde para limpar ou porque a roupa aparecia lavadinha e engomada em cima da nossa cama, como que por magia. 

Ficamos mal dispostos por termos que levantar cedo, quando há pessoas que nem oportunidade têm de se levantar. Achamos o ordenado curto, quando há pessoas que não têm, sequer, um euro a receber ao fim do mês. Achamos que a nossa casa nunca está ao nosso gosto e esquecemo-nos, por completo, de todos aqueles que não têm uma casa onde regressar ao fim do dia. Discutimos com os nossos pais, com os nossos irmãos, sem imaginarmos a quantidade de pessoas que davam tudo para ter esses familiares por perto. 

Por defeito nós, seres humanos, vemos a vida sempre mais negra do que aquilo que ela é efetivamente. Colocamos-lhe mais obstáculos do que aqueles que realmente nos surgem no caminho. Sentimo-nos amargurados, revoltados e defraudados mais vezes do que aquelas que temos razões para tal. 

É preciso viver as coisas boas da vida. Mesmo que, em certos dias, elas não sejam tão boas assim. 

O importante é aceitá-las, fazer sempre os possíveis por tornar os dias melhores e ter connosco a crença e a fé de que, a nossa mente, também comanda a nossa vida - e boas energias, só atraiem boas coisas. 

 

Isto de ser um (bocadinho) professora

Sim - um bocadinho - porque, na realidade, ser professora envolve muito mais do que aquilo que alguma vez aprendi e muitas competências sobre as quais ainda pouco adquiri. 

Professoras a sério são aquelas que tenho tido oportunidade de conhecer de há dois meses para cá.

 

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Isto de lidar com crianças nem sempre é fácil e percebo isso agora, que tenho a primeira experiência dentro deste âmbito. Há dias em que desesperamos, em que não temos o controlo, em que nos sentimos frustrados e inseguros, duvidando das nossas capacidades. Há dias em que perdemos a paciência e em que nos questionamos que tipo de crianças são aquelas com as quais estamos a lidar. Mas depois, no meio destes dias, paramos para pensar e chegamos à conclusão que são apenas isso - crianças - com uma história por trás, mais ou menos delicada, com uma realidade mais ou menos dura. E é quando paro para pensar sobre isso que ganho ainda mais determinação para continuar a dar o melhor que sei, mesmo quando o meu melhor parece tão insuficiente. Desde que embarquei nesta aventura, há cerca de dois meses atrás, já gritei mais do que na minha vida toda, quase já fiquei sem voz, já dei dezenas de beijinhos, já abracei mais que isso também, já consolei lágrimas e já fiz festinhas mágicas para as dores de barriga. Já fui ouvinte e conselheira. Já fui a má da fita e olhada de lado. Também já ouvi de tudo: "professora, as tuas aulas são uma seca, não fazemos nada divertido. Ainda bem que só faltam dez minutos para acabar.", "professora, estás muito linda hoje" , "professora, a tua camisola e a camisa são cosidas ou separadas?", "professora, gosto muito de ti", "professora, és a melhor do mundo"...

E tudo o que ouvi me fez crescer, sentir, amadurecer e lutar para ser mais e melhor. É impossível agradar a todos - e não só relativamente às crianças, mas em relação a tudo na vida - mas é possível tentarmos sempre trabalhar no sentido de sermos sempre mais significativos para aqueles que se cruzam no nosso caminho, cativando a atenção e o afeto daqueles com quem partilhamos os dias. Sem nunca deixarmos de sermos nós próprios e sem nunca fugirmos à nossa essência, o que importa é sentirmos que podemos fazer a diferença - mesmo que nem sempre a consigamos fazer.

ATENÇÃO: uma das fotos pode chocar.

Este blog sou eu. Não é apenas uma parte de mim - sou eu por inteiro. É por isso que vos quero mostrar tudo: mesmo os dias em que como até me tornar numa baleia ainda mais gorda.

Hoje trabalhei bem cedo, como já vem sendo habitual em alguns dias da semana. Ás seis e trinta já estava ao trabalho. A parte melhor disto foi ter a tarde livre. Mas a parte ainda melhor da parte melhor foi poder passá-la em família. A divergência de horários tem tornado estes momentos raros pelo que, quando acontecem, são uma lufada de ar fresco que nos enchem de alegria, amor e determinação para enfrentar os dias seguintes. 

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[Imprópria para os mais sensíveis!  ]

 

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Hoje foi assim: sem neuras, sem cuidado alimentares, sem paranóias e sem complicações.

Simples, só com eles. E tão bom.

 

[ E não, não faço asneiras só aos fins de semana. Aos feriados também!  ]

 

Contem-me tudo sobre o vosso feriado!

Cozinha sem pecados #1

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Comer é, para mim, um momento de prazer. Em dias por norma atarefados, a pausa para as refeições é o momento que reúne a oportunidade ideal para relaxarmos e para confortarmos o corpo com algo que nos saiba bem. Esta é a minha visão e, talvez por isso, cometa tantos pecados tantas vezes. Não sou dessas pessoas que come porque tem que comer, come para viver, come para ter energia... Como porque, para além de tudo isto, gosto de comer. 

Nestas tentivas de ter uma alimentação mais saudável, esse é, por vezes, o maior obstáculo - encontrar algo saudável, que corresponda às nossas necessidades nutricionais mas que não seja, também, um sacríficio consumir. A minha procura incessante tem, portanto, recaído principalmente nesse tópico: encontrar refeições limpas, que não prejudiquem o meu organismo mas que me dêm o mesmo prazer a comer que uma boa taça de cereais ou uma valente lasanha. 

É por isto que, ultimamente, tenho feito inúmeras experiências e comprado imensos produtos distintos. Não sendo nutricionista, e percebendo muito pouco ou nada da coisa, gosto de analisar os rótulos e estar informada sobre aquilo que, realmente, estou a comprar. 

Esta semana, nas minhas compras habituais, trouxe para casa um produto que nunca tinha visto à venda nem nunca tinha experimentado. Chamou-me a atenção pelo que prometia a embalagem e pelos ingredientes que realçava mas, também, pelo preço. 

Como disse, não tenho qualquer formação na área da saúde ou alimentar, mas os ingredientes não me pareceram mal, à luz da minha ignorância : AVEIA INTEGRAL, TRIGO SARRACENO e SEMENTES DE CHIA.

Já me rendi às tradicionais papas de aveia nos últimos tempos, mas nem sempre as faço porque se tornam mais demoradas e porque nem sempre saiem com a consistência e o sabor que desejo. Como tal, esta alternativa deixou-me curiosa. Um preparado instantâneo de rápida realização que não foge muito ao conceito de papas nutritivas logo pela manhã e, a parte ainda melhor, é que esta mistura serve ainda para fazer panquecas e outro tipo de coisas... Basta darmos asas à imaginação!

Agora a parte importante: provei e gostei muito. A textura é super cremosa, o sabor é muito leve e facilmente conjugável com os toppings que nos apetecerem. Gostei mais do que as papas de aveia que faço por norma. E sim, foi muito mais rápido. 

Personalizei a minha receita usando leite de coco da Shoyce (200 ml) para fazer as papas e, por cima, coloquei muesli biológico, banana e frutos secos do Lidl. Ficou delicioso e saciou-me durante quase toda a manhã. 

 

 

Esqueci-me de dizer o mais importante - a embalagem custou 1,49 € e comprei no Pingo Doce. Escusado será dizer que hoje já lá fui buscar mais três (porque não sei se vendem aquilo sempre ou se é só destas campanhas semanais)!

 

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E vocês? Quais as vossas alternativas para um pequeno almoço saudável mas saboroso ao mesmo tempo?

Contem-me tudo!

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