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A Neta da Luísa

A Neta da Luísa chama-se Bárbara. Tem 23 anos e um gosto incalculável pela escrita, moda, lifestyle e beleza. Não é uma expert em nenhum dos assuntos, mas tem uma paixão imensa por todos eles.

A Neta da Luísa

Agora é que vai: inscrevi-me no ginásio!

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[ Sobre este dia antes do primeiro dia de ginásio!   ]

 

Pois é amiguinhos... Dei o derradeiro passo para entrar, de vez, numa tentativa de me tornar uma pessoa mais fit, mais saudável, mais magra, mais bonita... Mais todas essas coisas que lhe queiram chamar. Foi assim de repente que surgiu o click: uma publicação do ginásio no facebook, dois a três minutos de reflexão e, na manhã seguinte pumba - lá estava a Bárbara a assinar o contrato... O contrato do ginásio e, acima de tudo, o contrato para uma vida mais ativa, mais saudável, mais cuidada e mais feliz.  O melhor de tudo: não vou sozinha - o P. entrou neste projeto comigo  

 

Por isso amiguinhos, digam adeus à Barbarinha que não resiste a uma napolitana de chocolate e come prego no prato cada vez que vai ao restaurante (sorte a do meu estomâgo que não são muitas!). Amanhã vou renascer para esta vida que, até agora, tem sido de tentações (não) resistidas. A velha Bárbara morre hoje (mas só depois do jantar! ). Se preparem... A #missãoverão2018 vai começar... Já que para a de 2017 já não vou a tempo! 

 

Quem está comigo?!

Se já estás a panicar com os exames...

 

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Às vezes, aproveito as folgas do Lidl para trabalhar na preparação das aulas e na parte burocrática que esse trabalho exige e gosto, particularmente, de o fazer na biblioteca - porque é um sítio que inspira tranquilidade, paz e faz-me sentir mais concentrada e focada no trabalho na tarefa a que me proponho fazer. 

Nestas alturas do ano, em que os alunos já começam a preparar-se para os exames, este espaço enche-se de estudantes empenhados e motivados que saem das suas casas para tentar encontrar um tempo e espaço que lhes permita rentabilizar o seu tempo da melhor forma possível.

 

 E é nestas alturas que sinto uma imensa nostalgia e... umas saudades imensas de estudar. 

 

Sempre gostei de estudar - no sentido mesmo literal da palavra - e não apenas de andar na escola ou na faculdade. Sempre gostei de mexer nos livros, de tirar apontamentos, de fazer rascunhos..,. de me desafiar a mim própria tentando sempre superar-me nas notas. Hoje, tenho saudades de ter esses objetivos, dessa rotina, dessa metodologia de trabalho. Tenho saudades da azáfama deste início de verão - apesar  de agora também ter os dias preenchidos, é totalmente diferente - mas normal: a vida segue, os estudos dão lugar ao trabalho, as noitadas em frente ao computador dão lugar ao deitar cedo e ao acordar ainda mais cedo para trabalhar. 

 

Por isso, a todos vocês que ainda têm a oportunidade de ter como presente esta fase da vossa vida, aproveitam-na bem.

 

Sei que nos dizem sempre isto e nós desvalorizamos, mas a verdade é que esta é das fases mais desafiantes e criativas que temos. Aproveita a possibilidade de gerir os teus horários, sem te permitires, no entanto, a procrastinar - o verbo mais conhecido de todos os estudantes. Dá o teu melhor porque tudo o que for menos que isso é insuficiente para ti. Deixa que a motivação te acompanhe sempre e que o futuro brilhante com que sonhas seja sempre o mote para que tenhas vontade de te levantar e pegar nos livros sempre que necessário. Aproveita os grupos de amigos e as tardadas na biblioteca, no parque, na esplanada do café para que nunca te sintas sozinho(a). 

O mundo que temos hoje obriga-nos cada vez mais a sermos bons - ou melhor, a sermos o melhor que conseguirmos. Somos cada vez mais na busca intensa por um só lugar... E, também por isso, a necessidade de nos destacarmos é cada vez maior. Não significa isto que a competição tenha de reger a tua vida ... Mas a vontade de te sentires realizado(a) com as tuas potencialidades e competências deve, sempre, guiar o teu dia-a-dia.

 

Aproveita. Sei que hoje tudo é um drama: os exames seguidos, as matérias que não entendes, tudo aquilo que não consegues decorar, aquele professor que teima em não te dar a nota que mereces ou a falta de tempo que tens para o namorado(a) e amigo(a)s. Sei que os dias parecem curtos demais para todas as páginas que tens que interiorizar e que as noites são tão longas que acabas por te vencer pelo cansaço. Sei que o RedBull de marca branca  (porque o outro é caro e, tendo em conta as quantidades que precisas…) acaba por ser o teu melhor amigo e o café um companheiro inseparável. Sei que os stocks de chocolates e gomas do supermercado parecem insuficientes para a necessidade imensa que tens de petiscar enquanto lês coisas que, hoje, nem percebes porque são úteis (algumas não são mesmo, atenção!). Sei que há momentos de desespero em que só apetece desistir, em que acabas por achar que o dez é o suficiente. Que há dias que atiras tudo ao ar e "que se lixe, hoje tiro folga". Há de tudo isso e, acredita, tudo isso é normal.

 

Mas, no meio e todas estas certezas e incertezas, o mais importante é que saibas que, quando esta fase passar, vais sentir umas saudades imensas daquilo que a vida de estudante te traz. Da liberdade e da prisão que sentes que é a escola ou a faculdade...

Vais sentir falta até de não sentir falta nenhuma desses dias que hoje achas horríveis... mas que, acredita, são os melhores do mundo.

 

A ti, estudante universitário:

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O meu facebook e instagram tem-se enchido, desde ontem, de fotos e vídeos da serenata. De pessoas felizes a vivenciarem o ponto mais alto e emocionante da sua vida académica. De grupos de amigos a solidificarem os seus laços entre jantares e copos de vinho (fraco). De trajes todos iguais em personalidades tão diferentes. De orgulho para uns, de loucura para outros.

 

De saudade e nostalgia, para mim. 

 

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Não vivenciei a minha vida académica - subentenda-se noitadas, convívios, diretas e outras tantas coisas - ao máximo. Sempre fui muito contida nesta parte que Coimbra também me ofereceu, mas que eu tantas vezes recusei. O primeiro ano foi de adaptação difícil. Estava frágil, insegura e perdida num ambiente que nunca antes tinha sido o meu. Não gostava de algumas coisas nas praxes, não me adaptei a viver fora da minha casa e não criei relações fortes com um sem número de pessoas. Desiludi-me algumas vezes. Fui criticada outras tantas. Não me integrei facilmente e demorou muito tempo até criar amizades verdadeiras. Não desfilei no cortejo no último ano da minha licenciatura porque a minha avó, grande parte da minha vida, partiu poucos dias antes. Tirei as fotografias de finalista de olhos lacrimejantes e com dor no coração. Vivenciei a vitória de três anos de Ciências da Educação com saudade no peito e dor no coração. Defendi o meu relatório de Mestrado com um nervosismo gigante e nem sempre foi tranquila a realização do meu estágio.  Mas apesar disto, fui feliz a maioria do tempo, enquanto estudante daquela cidade. 

 

Hoje, talvez ache que, se fosse a Bárbara de agora a entrar de novo naquele mundo, tudo teria sido diferente. Talvez desta vez relativizasse mais, entrasse mais na onda e não me deixasse afogar tanto pelas vozes que me obrigavam a lutar contra a maré. Se fosse hoje, teria derramado menos lágrimas. Teria sido mais forte perante os obstáculos e mais dura face a tudo aquilo que teimava em fragilizar-me o espírito e agitar-me a alma. Se a Bárbara de hoje voltasse atrás no tempo, talvez aproveitasse as adversidades para aprender, crescer, fortalecer... em vez de voltar à toca quando o ambiente na rua se sentia mais violento. Talvez saísse mais à noite, talvez conhecesse mais gente, talvez estudasse menos, talvez bebesse mais, talvez fosse mais feliz e despreocupada... Ou talvez não. Não sei. Ninguém sabe. A única coisa de que estou certa é que, de há seis anos para cá, esta Bárbara cresceu, mudou, ganhou asas. Mas, lá bem no fundo, continua a ser a mesma menina humilde que, em 2011, se aventurou num caminho nem sempre fácil, mas quase sempre feliz que é este de ser estudante universitário.

 

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Por isso, a ti que estás agora a navegar neste barco que um dia também já foi o meu, só tenho a dizer-te que aproveites as coisas boas que a faculdade te pode dar. Que vivas cada dia com a alegria de estares a concretizar um objetivo e com a felicidade de teres a oportunidade de percorrer este caminho. Que faças amigos, mas que não deixes que os amigos te façam. Que te dês aos outros, mas que nunca te entregues ao ponto de deixares de ser tu próprio. Agora que já li essa história que hoje estás tu a desfolhar, aconselho-te a que a vivas de forma a dar-lhe um final feliz. A relativizares aquilo com que não te identificas, a aceitares que toda a gente é diferente de toda a gente e a suavizares os dias que por vezes te parecem tão negros. Tem a humildade de não te achares mais que ninguém e a força necessária para não deixares que ninguém se ache mais do que tu. Não deixes que calem a tua perspetiva ou que ridicularizem a tua forma de ver as coisas. Permite-te ser o que és e não o que os outros gostavam que fosses. Permite-te a sentir saudades. A chorar por não teres os pais por perto ou por o namorado(a) estar a quilómetros de distância. Deixa que nem todos os dias sejam fáceis porque, com certeza, é com os mais difíceis que te vais tornar mais forte. E, acima de tudo, lembra-te que não és obrigado(a) a fazer nada com que não te identifiques e, principalmente, que não tens a obrigação de agradar a todos. Porque, garanto-te também, nem todos te vão agaradar a ti. É essa a magia da vida - e, principalmente, a aprendizagem desta fase - o que pensam de nós, jamais será o que nós seremos. 

 

A faculdade vai marcar-te para a vida e vai marcar-te a vida. E a marca é aquela que tu permitires: uma tatuagem bonita ou uma cicatriz dolorosa. 

 

 

Cozinha sem pecados #2

É oficial: fiz a minha primeira crepioca - e não correu nada mal!

 

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Um almoço feito em contra-relógio mas cheio de sabor!

 

A receita é da nutricionista Joana Papel, que podem e devem seguir no facebook e no instagram para estarem sempre a par das melhores receitas deste planeta... e do outro!

 

1 colher de polvilho doce

1 ovo

1 clara

 

Eu recheei com queijo mozzarella e cenoura ralada e acompanhei com uma boa salada! Ainda acham que comer melhor custa muito?