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A Neta da Luísa

A Neta da Luísa chama-se Bárbara. Tem 23 anos e um gosto incalculável pela escrita, moda, lifestyle e beleza. Não é uma expert em nenhum dos assuntos, mas tem uma paixão imensa por todos eles.

A Neta da Luísa

Quando o amor que te bate à porta não é aquele pelo qual tanto esperas...

Tenho uma amiga, que me é muito querida, que me inspirou a pensar na possibilidade de escrever este texto. Uma amiga que eu adoro e, acima de tudo, que admiro. Uma aventureira, de asas nos pés e determinação nas mãos. Uma pessoa do mundo, feita para o mundo. E talvez seja esta a razão - a sua ousadia e coragem - que faz com que ainda não tenha descoberto o amor. Ou melhor, descoberto um amor que viesse para ficar, que resistisse aos obstáculos e superasse as divergências. Um amor fiel à estabilidade e com respeito à ambição. 

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A C. fala-me de disponibilidade. Ela acha que tudo é uma questão de "estar disponível". Talvez seja por isso que o amor só lhe bate à porta, assim de mansinho, quando está de férias, ou em viagem, ou, por qualquer outra razão, desligada do trabalho pelo qual tanto lutou e, que hoje, exibe com orgulho (e com muitas promoções no currículo). Mas, talvez, este seja também o motivo para que o amor nunca entre e feche a porta. Ele entra, mas deixando sempre uma fresta aberta, para que a qualquer momento possa sair. Não acho que a questão seja disponibilidade - acredito mais na teoria de que os homens temem as mulheres poderosas - e é por esta razão que se afastam quando a vêem agarrar a profissão com tanto sucesso. 

No entanto, quando o amor entra para ficar, abraça até o seu complexo de inferioridade. Ao contrário daquele que faz visita de médico, que apenas quer um abrigo temporário para se divertir. Em algum momento da vida, todos temos um amor que quer permanecer connosco e nem sequer tem medo de entrar e deixar a porta atrás de si trancada à chave. E se às vezes ele demora a chegar pode ser porque o esperamos demais. E a ansiedade é o maior inimigo do discernimento necessário para os saber diferenciar. 

O problema é que, por vezes, se deixa entrar alguém sempre na expetativa de que, mesmo que inicialmente a porta fique entreaberta, a pessoa venha a sentir vontade de fechá-la mais tarde. A expetativa é, quase sempre, que o tempo faça a outra pessoa perceber que aquela é realmente a casa em que quer morar... e não apenas aquela em que entra de visita. Isso acontece com frequência. E talvez por isso ás vezes é mais fácil quando se entra e se deixa a porta totalmente escancarada - porque aí já se sabe que a vontade de voltar a sair é mil vezes maior do que a de tentar ficar. 

Por isso, homens, nunca deixem a porta entreaberta. E mulheres, façam com que eles decidam logo a partida se vêm para ficar.

Portas abertas deixam entrar frio - e ninguém quer ter o coração constipado. 

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